Obrigada

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terça-feira, 20 de março de 2012

Menino de Rua




Mais um dia amanhece
E sem ninguém ainda estou.
Mais uma noite passada embaixo da ponte
sem pais, sem comida e sem lar.
Só me resta de consolo
A minha esperança e meu bom-humor.

Pego meu caixote enferrujado
Sujo de graxa pra trabalhar.
Saio em busca de um freguês
para o meu pão do dia ganhar.

Com uma boa conversa e simpatia
Uns trocados consigo ganhar.
A confiança de moços e moças
Também vou conquistar.

Se não tenho sorte de dia,
Sofro muito durante a noite,





pois com muita fome e frio fico
E procurar comida no lixo
É meu único meio de consolo.

Quando a noite vem chegando
Com mais medo eu vou ficando,
Porque não sei quem passa por ali
E o que podem comigo fazer.
Só me resta rezar a Deus
Para comigo nada acontecer.






Não sabendo ao menos quem me gerou,
Filho da terra passei a ser,
Pois foi a rua que me criou
E me ensinou a cruel realidade do Brasil,
e obrigando isso a ver.

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