Obrigada

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quarta-feira, 1 de julho de 2015

Maria Lopes e Convidados no Concuros Top 30 Brasil ficou em primeiríssimo lugar no mês de Junho.

   Obrigada a todos os amigos dos Blogs Maria Lopes.

A Comemoração é nossa, de todos os amigos e visitantes. 

Blog Maria Lopes e Convidados.

 


                           Ranking Fã Clube (1 até 30)


Todas as imgens foram extraídas da WEB.

Imagem ilustrativa do trofeu visite: http://marialopesdeandrade.blogspot.com.br/

sexta-feira, 19 de junho de 2015

FEBRE CHIKUNGUNYA – SINTOMAS, TRANSMISSÃO E TRATAMENTO

 A febre chikungunya, chamada em português de febre chicungunha*,  é uma doença provocada por um vírus, que apresenta sintomas semelhantes aos da dengue, tais como febre alta, dores pelo corpo, dor de cabeça, cansaço e manchas avermelhadas pelo corpo. Felizmente, a febre chicungunha não provoca complicações hemorrágicas, sendo, portanto, uma infecção menos fatal que a dengue.
em Angola, a febre chikungunya é popularmente chamada de catolotolo.
A febre chicungunha pode ser transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus, os mesmos que transmitem o vírus da dengue e da febre amarela, motivo pelo qual essa virose conseguiu recentemente chegar ao Brasil.
Neste artigo vamos fazer uma revisão sobre a febre chikungunya, incluindo sintomas, formas de transmissão, diagnóstico e tratamento. Vamos explicar também como o vírus Chikungunya chegou ao Brasil.
Se você procura informações sobre a outras doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, acesse os seguintes artigos

TRANSMISSÃO DA FEBRE CHIKUNGUNYA

A febre chicungunha é uma infecção transmitida pelo vírus Chikungunya (CHIKV), que é um arbovírus, ou seja, um vírus transmitido por artrópodes. No caso específico da febre chicungunha, o artrópode que transmite o vírus são os mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus.
Portanto, a febre chicungunha, assim como tantas outras, é uma doença transmitida pela picada de determinados mosquitos. Exceto situações específicas que serão explicadas mais abaixo, não há transmissão do CHIKV diretamente de uma pessoa para outra. Você pode conviver, abraçar, apertar as mãos e até beijar uma pessoa contaminada que não há risco de contágio.
Assim como o ocorre na dengue, o Aedes aegypti e o Aedes albopictus não conseguem transmitir o vírus Chikungunya imediatamente após a sua contaminação. Quando o mosquito pica alguém infectado pela febre chicungunha, o sangue contaminado entra pelo seu sistema digestivo e é absorvido. A partir daí, o vírus passa a se replicar dentro do organismo do inseto, só indo aparecer nas glândulas salivares após alguns dias. Esse intervalo de tempo necessário para o mosquito contaminado tornar-se um mosquito contaminante é chamado de período de incubação extrínseco.
O período de incubação extrínseco do vírus Chikungunya é de cerca de 10 dias. Todavia, este período pode variar. Em geral, quanto mais quente for a temperatura do ambiente, mais curto é o período de incubação extrínseco. Em locais onde a temperatura ambiente é baixa, o mosquito pode morrer antes que o período de incubação extrínseco esteja completo, o que justifica a maior incidência da doença em áreas tropicais.
A transmissão através da picada de mosquito é responsável por praticamente todos os casos de febre chicungunha. Porém, há outras formas possíveis de se contaminar com o CHIKV. Uma delas é a chamada transmissão vertical, que ocorre da mãe para o bebê durante o parto. Até onde sabemos, o vírus Chikungunya não causa má-formações no feto, pois, aparentemente, a transmissão não ocorre dentro útero, mas sim no momento do parto, seja ele natural ou por cesariana.
Os recém-nascidos contaminados costumam desenvolver a doença entre 3 a 7 dias, e o quadro clínico costuma ser bem mais grave que nos adultos. Não há evidências de que o CHIKV possa ser transmitido pelo aleitamento materno.
Outra forma possível de contaminação é através do contato com sangue de pacientes infectados. Acidentes com agulhas contaminadas ou transfusão de sangue são vias potenciais. O transplante de órgãos também é forma possível de transmissão do vírus.

FEBRE CHIKUNGUNYA NO BRASIL

O vírus Chikungunya foi reconhecido pela primeira vez na década de 1950 após um surto da doença na Tanzânia, na África oriental. Desde então, a doença foi reconhecida em vários países da África e do sudeste asiático, ficando restrita a estas regiões por décadas.
Porém, em 2006 estudos identificaram uma mutação no CHIKV, que tornou mais fácil a sua transmissão através do Aedes albopictus. Desta forma, vários países do mundo, incluindo os EUA e o sul da Europa, passaram a ter 2 espécies de Aedes com grande capacidade de transmissão do vírus Chikungunya. Como tanto o Aedes aegypti quanto o Aedes albopictusencontram-se presente por praticamente todo o continente americano, sabia-se que era uma questão de tempo para que a doença chegasse e se espalhasse por essas bandas.
Febre de chikungunya
Casos importados da doença já haviam sido registrados em vários países do continente americano nos últimos 10 anos, mas em 2013 surgiram, no Caribe, os primeiros casos de transmissão local do vírus Chikungunya dentro das Américas. Desde então, a doença tem se espalhado rapidamente, atingindo pelo menos 41 países no continente em apenas 1 ano.
No Brasil, os primeiros casos de transmissão do vírus Chikungunya foram identificados em Setembro de 2014. Até então, todos os casos conhecidos eram importados, adquiridos por brasileiros que haviam viajado para áreas endêmicas. Como era esperado, a combinação entre a elevada prevalência dos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus no território brasileiro e a ausência de anticorpos contra o novo vírus entre a população fez com que rapidamente surgissem surtos da febre chicungunha em diferentes regiões do país. Em pouco mais de 1 mês, mais de 1000 casos foram notificados em todo o Brasil.

SINTOMAS DA FEBRE CHIKUNGUNYA

O termo chikungunya vem de um dialeto da Tanzânia e significa algo como “aquele que se dobra”. O termo surgiu pelo fato dos pacientes acometidos pela doença terem intensas dores articulares, que fazem com que o mesmo fique com o tronco sempre arqueado.
O período de incubação da febre chicungunha no ser humano pode ser de até 2 semanas, mas, na maioria dos casos, a doença surge entre 3 a 7 dias após o indivíduo ter sido picado pelo mosquito. Cerca de 80% dos pacientes contaminados irão desenvolver sintomas.
A chamada fase aguda da febre chicungunha começa com uma febre alta de início súbito, geralmente ao redor do 40ºC, associada à mal-estar e intensa poliartralgia (dor em várias articulações). As dores articulares costumam surgir nas primeiras 48 horas e acometem cerca de 90% dos pacientes com febre chicungunha. As dores surgem no corpo inteiro, mas os locais mais afetados costumam ser as mãos, punhos, pés e tornozelos. Intensa dor lombar também é comum. O paciente pode ter dor em mais de 10 grupos articulares ao mesmo tempo, o que o deixa bastante incapacitado.
Nos primeiros 2 ou 3 dias de doença, até 75% dos pacientes apresentam um rash maculopapular na pele, que são pequenos pontos avermelhados e agrupados, que podem ou não ter algum relevo. O rash surge com predomínio no tronco, mãos e pés. Cerca de 1/4 dos pacientes queixam-se de prurido nas lesões.
Dor de cabeça, dor muscular, cansaço, diarreia, vômitos, conjuntivite, dor de garganta e dor abdominal também são sintomas comuns na fase inicial da doença.
A fase aguda dura de 3 a 7 dias, período no qual os sintomas começam a desaparecer. Em cerca de 80% dos casos, porém, o paciente entra em uma fase chamada subaguda, que se caracteriza pela continuidade ou mesmo exacerbação das dores articulares. Apesar de não ter mais febre, o paciente pode permanecer semanas com poliartralgia. Se as dores articulares durarem mais de 3 meses, dizemos que o paciente entrou na fase crônica da doença, que pode durar por até 3 anos.
Complicações da febre chikungunya
Como não possui uma fase hemorrágica, a febre chicungunha costuma ser uma virose mais benigna que a dengue. O seu problema não costuma ser o risco de morte, mas sim o risco de incapacitação pelas intensas e prolongadas dores articulares.
Porém, quando adquirida por bebês, pacientes com mais de 65 anos ou por pessoas já previamente com múltiplas doenças, principalmente de origem cardíaca, pulmonar ou neurológica, a febre chicungunha costuma ter uma evolução mais agressiva, podendo, inclusive, levar esses pacientes ao óbito. A taxa de mortalidade da febre chicungunha é 50 vezes maior nos idosos quando comparados a adultos com menos de 45 anos.
Entre as complicações possíveis do CHIKV nesta população mais debilitada podemos citar: meningoencefalite, síndrome de Guillain-Barré, hepatite aguda, insuficiência renal aguda, surdez, lesão ocular, miocardite, pericardite e insuficiência respiratória.

DIFERENÇAS ENTRE A DENGUE E A FEBRE CHIKUNGUNYA

A dengue e a febre chicungunha partilham de várias semelhanças. Em alguns casos, pode ser bastante difícil fazer o diagnostico diferencial somente através dos sinais e sintomas. Todavia, uma avaliação clínica mais cuidadosa pode nos ajudar.
A principal diferença é o acometimento das articulações. A dengue até pode causar dor articular, mas ela não costuma ser tão importante quanto a dor muscular ou a dor nos olhos. Na febre chicungunha, a poliartralgia é um dos sintomas mais exuberantes e é tipicamente dor das articulações das extremidades (mãos e pés). Outra diferença é o rash cutâneo. Na febre chicungunha as manchas vermelhas surgem nas primeiras 48 horas, enquanto que na dengue o rash só surge a partir do 3º ou 4º dia.
Na dengue, a queda das plaquetas costuma ser mais grave e eventos hemorrágicos, como machas roxas na pele, sangramento nasal ou de gengiva são bem mais comuns. A evolução para um forma hemorrágica é quase exclusiva da dengue.
Após o fim da fase aguda, o paciente com dengue costuma sentir-se cansado por vários dias, enquanto que o paciente com febre chicungunha queixa-se de dor articular.

DIAGNÓSTICO DA FEBRE CHIKUNGUNYA

Assim como na dengue, a febre chicungunha pode ser diagnosticada pela sorologia, que é um exame de sangue que consiste na pesquisa de anticorpos contra o CHIKV. Os anticorpos do tipo IgM já podem ser identificados no sangue do paciente a partir do 5º ao 7º dia de sintomas.

Nas análises de sangue comum, é habitual encontrarmos linfopenia (valores baixos de linfócitos), trombocitopenia (valores baixos de plaquetas) e alterações nas enzimas hepáticas (TGO e TGP).Uma forma mais rápida de diagnosticar a doença é através de uma exame chamado RT-PCR, que pesquisa a presença do material genético do vírus Chikungunya no sangue. Esse exame é mais caro, mas costuma ser capaz de diagnosticar a febre chicungunha já nos primeiros dias de doença.

TRATAMENTO DA FEBRE CHIKUNGUNYA

Tal como na dengue, não existe tratamento específico contra a febre chicungunha. Não há um medicamento que aja diretamente contra o vírus de modo a eliminá-lo do organismo mais rapidamente. A imensa maioria dos pacientes irá se curar de forma espontânea após cerca de 7 a 10 dias. O tratamento que se propõe, portanto, é apenas sintomático e de suporte.
Para evitar a desidratação, que é muito comum, indica-se o consumo de 1,5 a 2,0 litros de água por dia. Para o controle da febre e das dores articulares, as drogas mais indicadas são o paracetamol e a dipirona. O uso de anti-inflamatórios ou aspirina deve ser evitados na fase aguda, pois se o paciente, na verdade, tiver dengue em vez de febre chicungunha, esses medicamentos aumentam o risco de eventos hemorrágicos.
http://www.mdsaude.com/2014/11/febre-chikungunya.html

A nova virose é identificada é menos agressiva que dengue

 A nova virose é identificada  é menos agressiva que a dengue

Pesquisadores do Instituto de Ciência da Saúde da Universidade Federal da Bahia (ICS/UFBA) descobriram o Zica Vírus em amostras de sangue de pacientes. A transmissão acontece pelo mesmo mosquito da dengue

AFoi com um susto que a funcionária pública Divane Freitas, 54, percebeu, ao se olhar no espelho, que estava com o rosto repleto de manchas vermelhas. “Desconfiei que fosse dengue, porque também estava sentindo dores no corpo, de cabeça e nos olhos”, conta. Ao olhar para o colo, Divane notou que as manchas, que coçam muito, também se espalhavam por todo o corpo. “Tomei um susto. Telefonei para um sobrinho, que é farmacêutico e ele me acalmou. Recomendou repouso e ingestão de muito líquido”, relembra ela, que vem seguindo todas as prevenções.

O Instituto de Ciência da Saúde da Universidade Federal da Bahia (ICS/UFBA) descobriu um tipo de vírus, o Zica Vírus, em amostras de sangue em pacientes com os sintomas da nova virose, na Bahia. Em nota, os pesquisadores Gúbio Soares e Silvia Sardi afirmam que o Zika Vírus foi descoberto esta semana em porções de sangue de pacientes de Camaçari (BA), por meio de uma técnica chamada RT-PCR.

O professor Gúbio Soares diz que o vírus causa um quadro muito parecido com o da dengue, em que o paciente pode apresentar sintomas como febre, diarreia, dores e manchas no corpo. Porém, este novo vírus é mais fraco e os sintomas mais brandos. “Zika Vírus não é tão grave quanto dengue ou chikungunya, não leva o paciente à morte. O quadro parece alérgico, é mais tranquilo e o tratamento é o mesmo”, explica o pesquisador.

Além destes sintomas, o paciente pode apresentar sinais de conjuntivite. O vírus é transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti, Aedes albopictus e outros tipos de Aedes, mas nunca havia sido detectado antes no Brasil ou na América Latina.

Esta é uma descoberta inédita e serve também para tranquilizar a população. “Quando você dá um diagnóstico, o paciente já vai mais tranquilo para o hospital”, destaca na nota o professor Gúbio. A descoberta contou com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb) que disponibilizou recursos através do Programa de Apoio à Pesquisa para o SUS (PPSUS).

Em nota, divulgada na última quarta, a Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) convocou alerta máxima aos profissionais de saúde para detecção precoce, bem como para o manejo clínico adequado para casos suspeitos de dengue, sarampo, chikungunya e doença exantemática não especificada.
 
Regressão espontânea
“Segundo as notificações compartilhadas pelas Secretarias da Saúde dos estados da Bahia, Maranhão, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Sergipe e Paraíba, todos os casos apresentam evolução benigna com regressão espontânea, mesmo sem intervenção clínica”, explicou a Sesa.

Saiba mais

Casos no Nordeste
De acordo com informações do Ministério da Saúde, até agora, foram identificados 6.807 casos da doença exantemática no Nordeste.

Faixa etária
O órgão federal ressalta que não há registro de casos graves ou óbitos pela doença. A faixa etária de 20 a 40 anos foi a mais acometida. Porém, há relatos de pacientes com quatro meses de vida e outro com 98 anos de idade, acrescenta o ministério.

Ocorrência
A nova virose vem sendo registrada em unidades de saúde do Nordeste desde o último mês de fevereiro.

http://www.opovo.com.br/app/opovo/cotidiano/2015/05/01/noticiasjornalcotidiano,3431121/nova-virose-e-identificada-e-e-menos-agressiva-que-dengue.shtml

quinta-feira, 21 de maio de 2015

ALERGIA À PICADA DE ABELHA

BIOLOGIA DAS ABELHAS E VESPAS

Antes de falarmos das picadas das abelhas, vale a pena uma rápida revisão da biologia das abelhas e vespas. Esta parte está bem resumida e simplificada, não se assuste.
Abelhas e vespas
A ordem Hymenoptera é um dos maiores grupos dentre os insetos, englobando as diversas famílias de abelhas, vespas e formigas. Só para se ter uma ideia, existem mais de 10 mil espécies de abelhas e mais de 25 mil espécies de vespas. Por exemplo, a mamangava é uma espécie de abelha grande, que possui corpo escurecido e parecido com um besouro. Já marimbondo é o nome dado às espécies maiores de vespas, geralmente com o corpo de cor mais escurecida.
Obviamente, não vamos perder tempo discutindo as diferenças biológicas e geográficas de cada uma das espécies da ordem Hymenoptera, pois isso é irrelevante para o objetivo deste artigo.
A maioria das espécies de abelhas e vespas são animais dóceis que não costumam ferroar o ser humano, a não ser que se sintam atacadas.  Ter uma abelha ao seu redor não representa perigo, a não ser que você tente acertá-la ou a esmague acidentalmente contra a sua pele. As abelhas não costumam atacar sem motivo. Em geral, abelhas e vespas longes de suas colmeias não apresentam comportamento agressivo e oferecem pouco perigo aos seres humanos. E mesmo próximo a suas colmeias, a maioria das abelhas não é agressiva.
Há, entretanto, exceções. Algumas poucas espécies, como as abelhas africanas,  são muito sensíveis e podem atacar o ser humano, caso elas sintam que a sua presença põe em risco a sua colmeia. Barulhos e movimentos bruscos podem irritá-las e causar ataques de várias abelhas ao mesmo tempo.
Na prática, a maioria das picadas de abelhas ou vespas ocorre de forma isolada por um único inseto, geralmente uma abelha trabalhadora que se encontra afastada de sua colônia. A picada ocorre quando o inseto insere na pele o seu ferrão como forma de defesa ao se sentir atacado.
As vespas e abelhas que picam são sempre as fêmeas, pois os machos não possuem ferrão. Existem dois padrões de utilização do ferrão: algumas espécies, como as abelhas comuns, sofrem auto-amputação, ou seja, quando atacam, perdem o ferrão e parte das estruturas abdominais, o que as leva à morte. Há espécies, porém, que não sofrem auto-amputação e podem ferroar uma mesma vítima mais de uma vez. A quantidade de veneno injetada costuma ser maior nas espécies que perdem o ferrão.

SINTOMAS DA PICADA DE ABELHA E VESPAS

Após a ferroada, o paciente sente uma intensa dor e uma pequena inflamação da região afetada. O local ferroado fica avermelhando e inchado. A lesão costuma ter entre 1,0 e 5,0 cm de diâmetro e desaparece após algumas horas. Na maioria dos casos, a dor e o inchaço desaparecem em no máximo um ou dois dias.
Em 10% dos casos o paciente desenvolve uma reação maior às picadas, com intensa dor e inchaços que podem chegar a 10 cm de diâmetro e demoram até 10 dias para desaparecer. Este tipo de reação não significa que o paciente tenha alergia ao veneno das abelhas.
As picadas isoladas não costumam causar maiores problemas na maioria dos casos. Porém, nos casos de múltiplas picadas por várias abelhas ao mesmo tempo, a quantidade de veneno injetada pode ser grande, levando a sintomas como diarreia, vômitos, dor de cabeça, febre, prostração e confusão mental.
Para haver risco de morte, são, habitualmente, necessárias centenas de ferroadas para que haja inoculação de quantidades letais de veneno. Nestes casos, complicações pela ação do veneno podem surgir, como hemólise (destruição das células do sangue), arritmias cardíacas, insuficiência renal e rabdomiólise (destruição das células dos músculos).

ALERGIA À PICADA DE ABELHA

O grande perigo das picadas de abelhas e vespas é a reação alérgica, chamada anafilaxia ou choque anafilático (leia: CHOQUE ANAFILÁTICO | Causas e sintomas). A anafilaxia pode ocorrer após uma única picada de abelha. Cerca de 3% da população é alérgica ao veneno da abelhas e podem desenvolver reações anafiláticas após ferroadas.
Os sinais de reação alérgica grave à picada de abelhas ou vespas surgem rapidamente após a ferroada, geralmente em apenas 5 minutos.  Os sintomas de reação alérgica são: urticárias (leia: URTICÁRIA | Sintomas e tratamento), angioedema (inchaço dos lábios e olhos), hipotensão, vômitos, rouquidão, dificuldade respiratória, desorientação e perda da consciência.
A anafilaxia geralmente surge após uma segunda picada de abelha em pessoas que desenvolveram reações alérgicas quando picados pela primeira vez.  Porém, o choque anafilático pode surgir mesmo em quem nunca havia sido picado por abelhas antes.
Se você foi picado por abelha ou vespa e desenvolveu sintomas que foram além de um simples inchaço local, principalmente se tiver tido urticária angioedema ou crises de asma, procure um médico imunoalergista para investigar a possibilidade de você ser alérgico à picada de abelha. O risco de reação anafilática em uma segunda picada é muito alto.

O QUE FAZER QUANDO SE É PICADO POR UMA ABELHA

No casos das abelhas e vespas que sofrem auto-amputação, a primeiro ato do paciente deve ser a retirada imediata do ferrão da pele, pois ele permanece injetando veneno ainda por 1 ou 2 minutos. Alguns autores atestam que deve-se ter cuidado para não espremer a pequena bolsa que vem junto ao ferrão, pois  é ela que contém o veneno.  O ferrão pode ser retirado raspando as unhas na pele ou qualquer objeto rígido, como uma faca ou cartão de crédito.
Há estudos, porém, que dizem que a forma de retirada do ferrão pouco influencia na instilação do veneno, pois a contração da bolsa não aumenta o volume a ser injetado, já que este é feito por mecanismo de válvula. Portanto, se você não conseguir retirá-lo imediatamente raspando-o, o ferrão deve ser removido de qualquer maneira, pois o tempo em que ele fica encravado na pele é muito mais danoso em termos de volume de veneno injetado do que a forma como ele é retirado.
Mesmo que você não consiga remover o ferrão imediatamente, a tempo de impedir a entrada de todo o veneno, o mesmo deve ser retirado assim que possível, pois a sua simples presença pode causar reação inflamatória da pele.
Uma vez removido o ferrão, o tratamento da picada de abelha é simples. Lave a pele com água e sabão e aplique compressas frias ou gelo local.  Se a dor estiver incomodando, um analgésico simples pode ser utilizado. Se houver intensa coceira, um anti-histamínico ajuda a aliviá-la. Não é preciso passar pomadas nem outras substâncias, como pasta de dente, borra de café, manteiga, etc. Nada disso melhora e ainda pode causar infecção da ferida. A dor e o inchaço da picada somem espontaneamente após algumas horas.
Nos casos de reação local mais intensa, pomadas à base de corticoides e/ou corticoides por via oral, como prednisona, podem ser prescritos para aliviar o inchaço (leia: PREDNISONA E CORTICOIDES | efeitos colaterais). Anti-inflamatórios e anti-histamínicos também são úteis. Se a lesão da picada estiver piorando ao longo dos primeiros um ou dois dias, procure ajuda médica.
Nos casos de reação alérgica, caracterizadas principalmente pelo aparecimento de urticária ou angioedema, o paciente deve ser levado o mais rapidamente possível a um serviço de emergência.  Nos caso de anafilaxia, o tratamento é feito com injeção intramuscular de adrenalina.

terça-feira, 24 de março de 2015

DENGUE: CASOS AUMENTAM NO SUDESTE DO PAÍS

dengue 2015SÃO PAULO – Os casos de dengueaumentaram muito no ano de 2015. Segundo o Ministério da Saúde, Janeiro de 2015 apresentou um aumento de 57% dos casos com relação ao mesmo mês de 2014. Um dos motivos para esse grande aumento é a crise hídrica, que atinge principalmente a região Sudeste. Com a redução do abastecimento, muitas pessoas estão acumulando água em baldes e caixas d’água, o que favorece a proliferação do mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti.

Entenda a dengue

A dengue é uma doença viral transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. Atualmente há 4 sorotipos do vírus no Brasil, DEN1, DEN2, DEN3 e DEN4, sendo este último a variedade mais recentemente introduzida. O mosquito está adaptado a regiões quentes e úmidas e carrega o vírus e o transmite ao sugar o sangue do paciente. Ele põe seus ovos em água limpa e parada e de preferência ao abrido da luz. Além da dengue, o mosquito também transmite outras doenças como a febre chikungunya e a febre amarela.
Após a picada, o período de incubação (tempo entre a exposição e aparecimento dos sintomas) varia entre 3 e 14 dias, sendo que eles normalmente aparecem dentro da primeira semana de contágio. Os sintomas característicos incluem febre alta de início súbito, dores musculares e articulares, fadiga, forte dor de cabeça e possíveis erupções cutâneas. Embora muitos pacientes melhorem espontaneamente após alguns dias, algumas pessoas evoluem para um caso mais grave, a dengue hemorrágica que pode ser fatal. Nesse estágio, o paciente apresenta sangramentos gastrintestinais e em mucosas.
O tratamento visa à melhora dos sintomas com uso de antitérmicos, analgésicos e líquidos para repor a desidratação. Se a pessoa tem suspeita de dengue, ela não deve consumir produtos à base de ácido acetilsalicílico (como a aspirina), uma vez que esse composto pode aumentar a hemorragia.

febre dengueAumento dos casos no Sudeste

O aumento dos casos de dengue no Sudeste tem sido alarmante. De acordo com dados do Ministério da Saúde, houve aumento de 64% dos casos somente na cidade de São Paulo. Uma cidade do Estado de São Paulo particularmente afetada pela dengue é Sorocaba, no interior do estado. Já foram registrados cerca de 22 mil casos neste ano, o que tem causado grande transtorno para a rede pública de saúde que não consegue atender a todos os pacientes. Ao todo, o Estado de São Paulo já concentra mais da metade dos casos de dengue de todo o país em 2015. O governo assume que o aumento da incidência é devido ao armazenamento de água feito de maneira não adequada.

Dengue nas outras regiões do país

Outros estados em alerta de dengue incluem o Acre, que apresenta a maior incidência da doença com 695,4 casos a cada 100 mil habitantes, seguido de Goiás (401 casos a cada 100 mil habitantes). De acordo com o Ministério da Saúde, Cuiabá é a única capital brasileira em situação de risco, entretanto outras 18 estão em situação de alerta: Aracaju, Belém, Belo Horizonte, Campo Grande, Fortaleza, Goiânia, Macapá, Maceió, Manaus, Palmas, Porto Alegre, Porto Velho, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Luís, São Paulo e Vitória.

dengue mosquitoPrevenção

A maneira mais eficiente de prevenir a dengue é evitar o acumulo de água limpa, sobretudo em locais abrigados da luz. Alguns locais reservatórios do mosquito da dengue incluem calhas, caixas d’água, pratos de vasos de plantas, pneus, baldes, latas vazias, garrafas, piscinas, dentre outros.
Verifique semanalmente no seu quintal ou jardim se não há nenhum local que possa acumular água da chuva. Se você está juntando água, certifique-se de sempre fechar o reservatório e evitar que ele fique exposto. No caso de piscinas, use produtos de limpeza e, sempre que possível, cubra a superfície.
Agentes sanitários das prefeituras municipais estão passando na casa dos cidadãos para alertar sobre a dengue e dar dicas de como interromper o ciclo de vida do mosquito. Se você tem alguma dúvida sobre esse assunto, dirija-se à unidade básica de saúde do seu bairro.

23 de Março de 2015. Texto escrito por Matheus Malta de Sá (farmacêutico, USP). Fotos: Criasaude e Fotolia.com
http://www.criasaude.com.br/noticias/2015/011/dengue-casos-aumentam-no-sudeste-do-pais.html

AÇAFRÃO-DA-TERRA Antioxidante, antiinflamatório,

AçafrãoResumo

Açafrão-da-terra (curcuma): planta medicinal com forte efeito antioxidante, tendo uma ação preventiva contra o câncer, pode ser encontrada em pó ou em cápsulas.
NomesNomes em português: açafrão-da-terra, açafrão-da Índia, curcuma
Nome binomial: Curcuma aromatica, Curcuma longa
Nome francês: Curcuma, safran des Indes
Nome inglês: curcuma
Nome alemão: Curcuma
FamíliaZingiberaceae (Zingiberáceas)
Constituintes Óleo essencial, curcumina
Partes utilizadasRizoma seco
Propriedades do açafrão

Antioxidante, antiinflamatório, amargo, anticoagulante, colerético
Indicações do açafrão - Na prevenção do câncer, ação antioxidante da curcumina (um composto do curcuma).
- Contra os reumatismos, graças à sua forte ação antiinflamatória, contra a artrose 
- Contra o excesso de colesterol
- Contra a acidez gástrica, a síndrome do cólon irritavél, a "crise de fígado"
- Em dermatologia, para aplicação local (por ex.: em forma de cataplasma), o açafrão pode ajudar no tratamento da psoríase.
Efeitos secundários Distúrbios gástricos (em alta dose)

Contra-indicaçõesAfecções gastro-intestinais, como oclusão das vias biliares, cálculos biliares
Interações do açafrão-da-terraDesconhecemos
Preparações à base de açafrão-da-terra
- Pó de açafrão-da-terra, para consumir diretamente em uso interno (por ex: contra a gastrite) ou para uso externo, em forma de cataplasma.
- Cápsula de açafrão-da-terra
- Decocção de açafrão-da-terra
- Tintura de açafrão-da-terra
Onde cresce o açafrão-da-terra?
O açafrão é originário da Ásia e cresce principalmente na região da Índia e do sudeste da Ásia.  
Observações- O açafrão-da-terra é uma planta clássica das medicinas asiáticas (indiana ou chinesa), mas nos últimos anos  fez uma aparição midiática  no ocidente, devido à sua ação antioxidante na prevenção do câncer.
- O açafrão-da-terra é naturalmente utilizado na cozinha indiana e serve para dar uma coloração amarelada aos pratos, no entanto, atualmente ele é mais utilizado como especiaria.
- Você deve saber que a curcumina é um importante antioxidante (contra o câncer) e anti-inflamatório do açafrão. Os consumidores podem ser induzidos a comprar para a culinária, o pó com uma taxa de 3/4 gramas por colher de chá, tituladas a 5/6% de curcumina, neste caso as pessoas podem não sentir os benefícios exceto sobre a digestão. Na verdade, para obter um efeito anti-inflamatório a dose da curcumina deve ser extremamente elevada. Pergunte ao seu farmacêutico para mais informações.
- Na artrose, é aconselhável o consumo de cápsulas de 500mg de açafrão-da-terra (cúrcuma) 2 vezes por dia. Recomenda-se também tomar 4 gramas de óleo de peixe por dia.

Perguntas e Respostas
"Quero informação a respeito da curcuma, que também e conhecido pelo nome de açafrão. Combate todo tipo de câncer, principalmente o medular da tireoide?"

Resposta do farmacêutico (por Adriana Sumi)
Segundo nossas fontes, existem estudos que demonstram o efeito anticancerígeno da Curcuma (Curcuma longa), também conhecida como açafrão-da-terra. Este efeito está relacionado com a presença da Curcumina, que seria responsável por inibir substâncias consideradas carcinogênicas. Além de inibir a enzima COX2 na produção de óxido nítrico, que está relacionado com um bloqueio exercido sobre o fator nuclear kappa-B, que indica uma relação na ação da curcuma em processos inflamatórios e tumores.

A maioria dos estudos foram realizados in-vitro (simulação em laboratório) ou em animais, um estudo realizado em humanos, com pacientes com câncer de pele, demonstrou que a administração tópica de curcuma contribuiu para reduzir o tamanho das lesões, da inflamação e prurido.
Não há estudos em relação ao câncer medular da tireoide.

açafrão planta medicinal
http://www.criasaude.com.br/N3319/fitoterapia/acafrao-da-terra.html

OLHOS SECOS

olhos secosOs olhos secos são, como o nome indica, uma secura ocular que pode afetar todas as idades, mas com predominância nas mulheres, por razões hormonais da menopausa ou pré-menopausa.

Definição

Os olhos secos são caracterizados geralmente pela falta de produção de lágrima pelas glândulas lacrimais, o que leva a uma secura ocular.
As lágrimas desempenham um papel importante ao nível ocular, pois atuam como uma barreira protetora e tem efeito lubrificante. As lágrimas ajudam a manter uma boa visão.
Lágrimas de má qualidade também podem levar a olhos secos.
causas olhos secos

Causas

As causas de olhos secos podem ser:

- Alteração hormonal, especialmente em mulheres durante a menopausa, devido à diminuição na concentração de estrógeno. Depois de 50 anos, de acordo com um estudo publicado em 2003, 8% dos norte-americanos são afetados pela síndrome do olho seco.

- O uso de certos medicamentos, como antidepressivos, agentes antialérgicos, beta bloqueadores, pílulas para dormir, medicamentos contra a dor (analgésico) ou quimioterapia.

- Cremes dermatológicos ou cosméticos, incluindo aqueles usados na região próxima aos olhos.

- Fatores externos, tais como o uso de ar condicionado.

- Exposição frequente à telas de computador, televisão, etc.

- Aquecedores elétricos.
- Síndrome de Sjogren, uma doença autoimune que afeta especialmente os olhos (glândula lacrimal).
- Outras doenças que provocam uma falta de lágrimas. Ex. : Aids, tuberculose, etc.
- O uso de lentes de contato
- Inflamação da glândula de Meibomius

Sintomas

Os principais sintomas de olhos secos, para além do olho seco, são:
- formigamento
- queimação
- sensação de ter areia no olho
- visão turva, que muitas vezes se agrava no final do dia
- fumaça ou vento podem agravar a sensação de irritação
- dificuldade ou incapacidade de usar lentes de contato
- sensibilidade especial à luz
- lacrimejar
Normalmente, ambos os olhos são afetados pelos olhos secos.
Leia também: sintomas da conjuntivite
tratamentos olhos secos

Complicações

Uma complicação dos olhos secos a longo prazo é a ceratite, uma inflamação da córnea. O risco de perder a visão devido à essa condição é muito baixo ou inexistente.
Se os olhos secos não melhorarem com tratamentos convencionais (ex. lagrimas artificiais, etc.), por favor, consulte um médico.

Tratamentos

Os tratamentos utilizados contra os olhos secos são principalmente:

Tratamento à base de colírios lubrificantes
- Colírios hidratantes.

- Colírios que estimulam a produção de lágrimas pela glândula lacrimal.

Uma vez que o colírio foi instilado, feche os olhos por alguns segundos.

Para mais informações sobre esses colírios, pergunte ao seu médico ou farmacêutico. É particularmente importante observar no frasco do colírio a data de validade (observe o prazo de validade após a abertura), lavar as mãos antes de usar o colírio e não tocar o olho com o ponta da gota do colírio.

Veja também: banho ocular de eufrásia (remédio caseiro usado principalmente para olhos cansados).
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Dicas

- Atenção ao ar condicionado, na verdade ele pode ressecar os olhos.

- Evite lugares esfumaçados e secos.

- Tente reduzir o tempo gasto em frente ao computador (porque a freqüência de piscar tende a diminuir). Se você precisa trabalhar na frente de uma tela por longas horas, faça uma pausa de 3 ou 5 minutos regularmente, a cada hora, por exemplo.

- No inverno, procure umidificar os ambientes (por exemplo, adicionando um recipiente com água nos aquecedores).

- Use óculos de sol durante a exposição ao sol e quando estiver ventando.

água olhos secos- Beba muita água, mais 1,5 L por dia, de preferência.

- Evite esfregar os olhos.

- Durante a menopausa, os olhos secos podem ser um sintoma comum, converse com seu ginecologista para encontrar o melhor tratamento.

Beber uma ou mais xícaras de café por dia pode ajudar a combater a secura ocular. Essa conclusão veio de um estudo de pesquisadores japoneses em Tóquio, em 2012. Eles ainda não sabem as razões para este efeito.
- Piscar os olhos muitas vezes pode ajudar a espalhar o filme lacrimal na superfície do olho.
- Se houver vento, usar óculos. Também coloque óculos se você for nadar ou mergulhar.

Por  (farmacêutico)
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